DIA 16 DE JUNHO - sábado - ás 20:30 hs. - pegar axé antes em consulta. Trabalhos para assuntos de AMOR E FINANÇAS, desmancho de magia de baixa vibração.
srs. médiuns iniciantes aproveitem para aprender....
Por que assentar o Exu Guardião?
Todos
os que conhecem a Umbanda e os demais cultos afro brasileiros sabem
que, antes de qualquer trabalho ser iniciado, é preciso ir até a
tronqueira ou casa de Exu e firmá-lo, para que ele possa atuar por fora
do espaço espiritual do templo (Tenda ou Ilê Axé), protegendo-o das
investidas de hordas de espíritos “caídos” que estão atuando contra as
pessoas que buscam auxílio espiritual e religioso que possa livrá-las
dessas perseguições terríveis.
Para
que um trabalho transcorra em paz, harmonia e equilíbrio, e para que os
guias espirituais possam atuar em benefício das pessoas e trabalhar os
seus problemas, é preciso que tronqueira esteja firmada, porque assim,
ativada, ela é um portal para o vazio relativo regido pelo senhor Exu
guardião ligado ao Orixá de frente do médium dirigente do templo.
Um
Exu guardião é assentado na tronqueira, e vários outros são “firmados”
dentro dela, sendo que estes estão ligados a outros senhores Exus
guardiões de reinos e de domínios regidos por outros Orixás.
Os
outros não podem ser assentados, senão dois vazios relativos se abrem
“ao redor” do espaço espiritual “interno” do templo, e a ação de um
interfere na do outro.
Um
só Exu guardião é assentado, e todos os outros são só “firmados” na
tronqueira, pois, se dois forem assentados na mesma, a ação de um
interferirá na ação do outro vazio relativo aberto no “lado de fora” do
templo.
Assentar
o Exu e a Pombagira guardiã no mesmo cômodo ou “casa de esquerda” é
aceitável, porque o campo de ação dele se abre no “lado de fora” e o
campo dela abre-se para dentro do “lado de dentro” do templo, criando
apolarização com o campo do Exu guardião.
• O campo do Exu guardião é o vazio relativo que se abre no lado de fora do espaço espiritual interno do templo.
• O campo da Pombagira guardiã é o “abismo” que se abre para “dentro”, a partir do espaço espiritual interno do templo.
•
Esses dois Orixás são indispensáveis para o equilíbrio de um trabalho
espiritual, porque um atua por fora e o outro atua por dentro do templo.
• Um se abre para fora, repetindo o mistério das realidades, e o outro se abre para dentro, repetindo o mistério das dimensões.
• Exu retira do “espaço infinito” tudo e todos que estiverem gerando desequilíbrio ou causando desarmonia.
• Pombagira recolhe ao âmago do espaço infinito tudo e todos que o estiverem desarmonizando.
São duas formas parecidas de atuação, mas Exu retira, e Pombagira interioriza.
Comparando
o espaço infinito com um vulcão, Exu seria o ato de erupção, quando
ele descarrega a intensa pressão interna. Já a ação de Pombagira, seria a
das rachaduras internas , que a pressão abre dentro da crosta, nas
quais correm e acumulam-se toneladas de lava vulcânica, que se acomodam
e, lentamente, se resfriam e se cristalizam, gerando enormes acúmulos
de minérios e cristais de rochas.
Exu
e Pombagira são indispensáveis aos trabalhos espirituais, porque junto
com os consulentes vêm todas as suas cargas energéticas e vibratórias
negativas; suas cargas espirituais e elementais que sobrecarregam o
espaço espiritual interno, que deve ter essas duas “válvulas” de escape
funcionando em perfeita sintonia e sincronizadas com todo o trabalho que
está sendo realizado pelos guias espirituais.
Se
essas “válvulas” estiverem funcionando bem, o trabalho realizado não
sobrecarregará os guias espirituais que trabalharam pelas pessoas. Porém
se não funcionarem corretamente, eles terão que recolher todas as
sobrecargas e irem descarregando-as lentamente nos pontos de forças da
natureza, mas à custa de muitos esforços.
Portanto,
com isso entendido, esperamos que os umbandistas entendam o porquê de
terem que firmar seu Exu e sua Pombagira antes de abrirem seus
trabalhos espirituais.
Exu
e Pombagira geram muitos fatores e executam muitas funções na Criação
e, em algumas dessas funções, formam linhas de trabalhos espirituais.
Eles
também formam pares. Em algumas ocasiões são complementares; em
outras, são opostos; em outras, são complementares e opostos ao mesmo
tempo.
Só
pelas suas funções aqui já descritas, tornam-se indispensáveis à paz, à
harmonia e ao equilíbrio dos trabalhos espirituais realizados pelos
médiuns umbandistas, tanto os realizados dentro dos centros quanto os
realizados fora dele.
Afinal,
não são poucos os médiuns que, movidos pela bondade, vão até a
residência de pessoas com graves problemas ou demandas para ajudá-las e,
por não tomarem a precaução de firmar Exu e Pombagira antes de
trabalhar para elas, ao invés de ajudá-las realmente, só pegam cargas
que irão desequilibrá-los também.
Para
se fazer um bom trabalho na residência de alguém, assim que chegar,
deve-se ir até o quintal, riscar um ponto de Exu, colocar um copo com
pinga, firmar as velas nos seus pólos mágicos e invocar o Orixá Exu e o
seu Exu guardião, pedindo-lhes que descarreguem todas as sobrecargas e
recolham todas as demandas feitas contra os moradores da casa e até
contra ela.
O
mesmo deve ser feito com Pombagira para que, só então, o médium comece
a trabalhar espiritualmente, porque, aí sim, todas as cargas e demandas
terão por
onde ser descarregadas. E mesmo as entidades negativas que tiverem de
ser transportadas para que recolham suas projeções negativas virão de
forma ordenada e equilibrada, não causando nenhum problema durante o
trabalho.
Quando
se vai com alguém na natureza para descarregá-lo, tanto o médium deve
firmar suas forças em sua casa como deve, pelo menos, firmar Exu ou
Pombagira no campo vibratório escolhido, para não ter contratempo algum
durante o trabalho de descarr ego na natureza.
São medidas indispensáveis para que um bom trabalho seja realizado e tudo transcorra em paz.
Esperamos
ter conseguido transmitir os fundamentos necessários para que o ato de
“firmar” a esquerda não seja mal interpretado, e sim visto como
indispensável para que bons trabalhos sempre sejam realizados, tanto
em benefício próprio quanto dos nossos semelhantes.
Texto extraído do livro “Orixá Exu - Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda” de Rubens Saraceni - Editora Madras.