OLÁ AMIGOS ESTAMOS DE VOLTA

É BOM ESTAR DE VOLTA COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS, ... Quando foi criado o JunaNews, no 1o. exemplar em edição impressa, disse que com emoção fazia minha estréia. Falei da paciência, persistência e fé que sempre tive por 12 ou mais anos até aguardar nascer o filho dessa casa que montei com amor, porque esse é um filho que fala a voz de todos os outros filhos de fé; dos, que no chão deste "terreiro" batem suas cabeças e de tantos que possam vir nele pisar; "filho" que transmitirá as mensagens dos inúmeros espiritos de luz e de quantos aqui quiserem chegar, basta querer e terá o seu espaço. Ensinamentos e doutrinas para áqueles que são sedentos de aprendizado, não vão faltar. O conhecimento é direito de todos e isso ajuda a Umbanda crescer. Hoje o Juna News virou blog na internet, e poderá falar para e em nome de tanta gente de tantos outros lugares no mundo que sei lá, o futuro a DEUS - ZAMBI pertence. Então mais uma vez venho deixar o meu muito obrigado àqueles que se interessaram em ajudar agora a saírmos do papel, porque tudo evolui não é assim mesmo... Estou satisfeita em confirmar que sonhos não envelhecem. (ligue o som e aproveite nosso blog e compartilhe experiências. MÃE LÊ. - junho-10.

(aperte o play) Clube da Esquina - Milton Nascimento

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Mestre Marne com OGUM MAREMAR

O MÉDIUM DEVE SABER - A mediunidade e os tipo/Sobre guias de contas e colares/ a missão\ Umbandas\...Passes Magnéticos-vibracionais| Autores seus livros e biografias

A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.Sobre os Colares de Contas - Por Jeanne Magri


A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional.

Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.

A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. A solução é o desenvolvimento mediúnico.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE


a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.



b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.



c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.



d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável.


A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.



f) Medos e fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.



Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE



Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:

a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.



b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral.


Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.


Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da. entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou.


Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.



c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.


Na vidência direta, o médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:


1 - na projeção, o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.


2 - na parcial, o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.


3 - no acavalamento, o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto-velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.


4 - no encamisamento, o médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro médium.


Na vidência intuitiva, o médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.


Na vidência focalizada, o médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.



d) Clarividência: é o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.



e) Audição: o médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.



f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.


No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.


O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".



g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.



h) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.


Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.


Na psicografia semimecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.


Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.


Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia.



Um amigo nosso sugeriu que fizéssmos um post específico sobre as contas, ou os colares que usamos quando estamos em gira, coisa tão característica dentro do ritual de Umbanda. Antes mesmo que eu começasse a pesquisar a respeito, nossa leitora Jeanne, mais uma vez, se adiantou e fez a tal pesquisa, nos enviando seu resultado.



Vale lembrar que a pesquisa é ótima como fonte de conhecimento, mas não pode ser encarada como um manual prático de montagem de guias ou colares. Cada caso é um caso, como a própria Jeanne diz em seu texto, então vale muito mais perguntar ao seu próprio guia, ou a quem lhe solicitou a montagem dela, do que se basear em textos pela internet, seja no AF ou em qualquer outro site. Mas, enquanto isso, sirvam-se:



—–



A pesquisa feita sobre os Fios de Contas achadas em livro e na Internet, revelam um conhecimento geral do que necessitamos saber como médiuns, para o uso correto, de uma das forças mais antigas e eficientes dedicada aos médiuns por “nossas” Entidades, dentro de nossos Terreiros, Templos e Casas de Santo.







As fontes de consulta foram: A Sociedade Espiritualista Mata Virgem e o Livro: A Umbanda de Todos Nós de W.W. da Matta e Silva.



Fios de Contas



Conhecidas também como “Cordão de Santo”, “Colar de Santo” ou “Guias”, são ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.

São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.



As contas de louça lembram, por sua composição, a mistura de água e barro, material usado para criar o mundo e os homens, por isso são as mais usadas.



Para que servem



Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado. Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas atraem a “energia” particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.

Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não agüentarem, rebentam.

Podem ser utilizadas pelo médium, para “puxar” uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.

Que Fios de Conta Utilizar:



Ao ser batizado na Umbanda, o filho de santo recebe as guias dos Orixás que regem a casa. Ao fazer as demais iniciações, vai recebendo as guias correspondentes. A seguir, conforme o desenvolvimento do médium, as entidades do médium poderão pedir que se confeccionem suas guias de trabalho.



Existem também as guias “especiais”, como por exemplo, a “guia de sete linhas”, a “guia de aço”, etc., cuja necessidade e cores, serão determinadas pelo guia chefe da casa.

Devemos entender que a proteção maior, encontra-se na guia de Oxalá; guia esta, normalmente a primeira a ser consagrada ao médium, feita basicamente para nossa proteção.



As guias devem ser tratadas pelos médiuns com todo carinho e o máximo de respeito, pois elas representam o Orixá e a segurança do médium.





Confecção



Dependendo do ritual de cada terreiro, deve ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por exemplo) antes de montar a guia.



Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. As contas, miçangas, etc. são enfiadas uma a uma no fio.



Toda guia deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro. As guias podem ser cruzadas com pemba, ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão prontas.

Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada e imantada não representa nada, energeticamente falando, seria apenas mais um colar.



Abaixo, os materiais, contas e cores principais dos Orixás e entidades:





Oxalá Contas brancas (leitosa).

Oxossi Contas verdes.

Xangô Contas marrons.

Ogum Contas vermelhas.

Yemanjá Contas transparentes.

Oxum Contas de cristal azul claras.

Yansã Contas amarelas.

Nanã Contas roxas.

Obaluayê Contas pretas com contas brancas.

Pretos Velhos Contas pretas com contas brancas, lágrimas de Nossa Senhora Sementes, cruzes, figas (arruda, guiné,etc.)

Crianças Contas rosa e contas azuis, (podem incluir diversas cores), chupetas, etc.

Caboclos Contas verdes (podem incluir outras cores), sementes, dentes, penas, etc…

Boiadeiros Contas verdes (podem incluir outras cores), olho de boi, sementes, dentes, pedaços de couro, etc.

Marinheiro Contas de cristal transparente ou leitosas, azuis, brancas.

Baianos Idem aos boiadeiros.

Exu/Pombo Gira Contas pretas com contas vermelhas; ou contas pretas com contas brancas; além de instrumentos de ferro, aço, etc.

Malandros Contas vermelhas com contas brancas; além de instrumentos de ferro, aço, etc.



Normalmente as guias são confeccionadas seguindo um “padrão da Casa”.



Cuidados no Manuseio e Uso



São elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.



Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual. A manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma “contaminação” ou interferência vibracional.

Pelos motivos expostos, o uso de guias pertencentes ou recebidas de outras pessoas, é uma pratica normalmente desaconselhável a um médium.



O Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogans podem eventualmente ceder sua guia para uso de algum médium durante uma sessão específica, caso o mesmo encontre-se sem sua própria guia.



Enquanto estamos usando as guias devemos observar algumas recomendações:



Não se alimentar (exceto em ritual).

Não ingerir bebidas alcoólicas (exceto em ritual).

Não manter relação sexual.

Não ir ao banheiro

Não tomar banho.

Em qualquer destes casos, deve-se retirar a guia e guardar, ou entrega-la para o Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogâs para que tomem conta das mesmas.



Como vimos as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium. Utilizar a guia em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual, ou por mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representam.

Devem ser sempre limpas e guardadas no terreiro ou em algum lugar longe do alcance e visão dos curiosos. Lembre-se que as guias são objetos sagrados e como tal devem ser tratadas.

Um detalhe importante é de tempos em tempos, descarregarmos nossas guias com água do mar ou da chuva, e depois energizá-las com amaci, buscando sempre o aconselhamento de um dos dirigentes sobre como proceder.



Pesquisa: Sociedade Espiritualista Mata Virgem.



W.W. da Matta e Silva, em seu Livro “A Umbanda de Todos Nós”, ensina: “Queremos, apenas, dar a entender aos nossos irmãos aparelhos, que devem confiar mais nas Entidades, esperando que elas, quando julgarem necessário, determinem como farão suas guias, pois, como afirmamos no início, somente elas estão capacitadas para tanto, em virtude de traduzirem mais as “milongas” dos Orixás, Guias e Protetores, em conexão aos fluidos do aparelho, dentro de certa magia astral que se reflete no plano físico.”



Nem todas as casas dedicam as guias dos Orixás chefes, ou guias de aço aos seus médiuns.



Na ritualistica, enquanto as contas são enfiadas no fio, vai-se rezando ao Orixá e chamando por ele para que nos dê sua benção e proteção. Algumas entidades pedem para que sejam utilizados elementos naturais, como uma fava, um elemento do mar, uma pena de ave, uma semente; outras pedem um símbolo feito de aço, madeira, osso, dente de animais e assim por diante. O fechamento da Guia, normalmente é feita pelo Zelador que vai rezando, conforme os nós vão sendo dados. E aí estão mais algumas “milongas”.



A água, as ervas do Orixá ou Orixás da faixa vibracional da entidade e uma vela são utilizadas na imantação, em cima de um pano de morim. Nessa hora, faz-se outra Oração dedicando o fio de contas a entidade.



Vale ressaltar, que algumas Casas também utilizam para confecção das guias, as chamadas Águas da Umbanda que são as águas dos pontos de força da natureza, correspondentes ao Orixá ou aos Orixás representados nas cores das contas de nossas guias. As águas da Umbanda são: do mar, da fonte, dos rios, das cachoeiras, chuva, do orvalho, etc.



Um Fio de Contas não é um brinquedo e não deve ser feito de qualquer maneira e nem compradas prontas. Aconselho a pedirem confirmação dos elementos de suas contas e das cores de sua guia aos seus Zeladores, para que as mesmas sejam confeccionadas, de acordo com a vontade de sua entidade. Ele verificará no jogo de búzios ou na sessão, com a própria entidade.



Respeitem sua Casa, seu Zelador e suas Entidades.



Um abraço fraterno,



Luz e Paz



A missão do médium :
O médium tem como uma de suas missões na vida ser um instrumento nas mãos dos guias e Orixás. Ele deve ter e seguir, em sua vida, os conceitos de caridade, amor e fé, praticados dentro da Umbanda.

Para muitos é dado a entender que o médium sofre.

Ser médium na concepção maior, não é dor e sim provação. Pode-se dizer que a vida de quem é médium 24 horas por dia, 7 dias na semana, realmente não é fácil, mas não chega a ser castigo, como algumas pessoas entendem, e sim, como se pode dar em benefício do próximo, encarnado ou desencarnado.

Mas, existem médiuns que sofrem muito, realmente sofrem muito: por sua própria culpa, porque acham que os guias devem-lhes dar de tudo, ou se envaidecem, ou agem de maneira errada e leviana em suas vidas, ou não levam a sério a vida espiritual, ou por ignorância sentem vergonha da forma como se dá a incorporação e não permite que ela aconteça naturalmente.

Existem aqueles médiuns que são como "pára-raios" das forças negativas, basta estar uma pessoa muito carregada no terreiro ou passar por perto de alguém que esteja com alguma demanda ou obsessor para começar a passar mal. Mas esses, com o tempo, vão aprendendo a se controlar com a ajuda dos Guias e acabam resolvendo o problema.

O médium deve tangir sua vida como um mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dígnos, ser honesto e íntegro em suas atitudes. Nos dias de hoje, é difícil ser tudo isso, mas vale a pena e pode ser feito.

As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia a dia.

O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados e solicitados para o seu próprio bem-estar, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o Guia espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.

"Deve deixar, na medida do possível, seus problemas materias sempre do lado de fora do terreiro", ou seja, tentar entrar no terreiro com a cabeça mais arejada e limpa, fazendo com que haja uma divisão entre o material e o espiritual, embora eu saiba que deixar os problemas lá fora seja difícil, mas não é impossível.

O médium deve estar sempre atento aos seus direitos e deveres para com o trabalho mediúnico e para com o templo.

Fonte:Umbanda, uma religião e suas raizes


AS UMBANDAS:


A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda.

UMBANDA: A origem do vocábulo está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahma); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Já a palavra Bandha, também de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Assim, analisando as duas palavras, podemos definir a Umbanda como sendo o elo de ligação entre os planos divino e terreno. Infelizmente, na época da revelação da Umbanda em terras brasileiras, não houve a preocupação em se manter a integridade do vocábulo. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.

Com o passar do tempo as pessoas foram agregando metodologias, vocábulos e detalhes de praticas provindas de outras religiões como candomblé, por exemplo. Esta fusão vem distanciando a verdadeira Umbanda dos seus fundamentos iniciais. Hoje ouve-se falar de Umbandomblé (mistura de umbanda com candomblé) e outras "umbandas" como descrito abaixo, mas a verdadeira Umbanda, a que teve uma organização para a sua prática, é aquela nascida no Brasil em 1908 que ainda continua sendo praticada em muitos terreiros e em casas nesse e outros países, essa chamada de Umbanda Tradicional.

A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos ( desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Preto-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos ), e no Catimbó. No Espiritismo. Em 1908 , na Federação Espírita do Rio de Janeiro, em Niterói, um jovem de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes, foi convidado a participar da Mesa Espírita. Ao serem iniciados os trabalhos, manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). As entidades deram seus nomes como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio. No dia seguinte, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade, assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às religiões mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de Preto - velhos-; ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca-; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do Índio brasileiro - Umbanda de Caboclo -; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gerard Anaclet Vincent Encausse, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre, Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias Doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.

Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas Doutrinárias ) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.

Alguns exemplos dessas ramificações são:
Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo (Santos Católicos associados aos Orixás Africanos), nessa Umbanda há grande variedades de trabalhos, divergindo de grupo para grupo. Podemos dizer que essas entidades estavam preparando o terreno para que mais tarde uma Umbanda com objetivo e direção mais claras pudesse ser anunciada, o que ocorreria com o advento do Caboclo das Sete Encruzilhada em 1.908;

Umbanda tradicional - Oriunda da inicialização pelo Caboclo das sete encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Moraes (NOSSA CASA - O NUC-J - Núcleo Espírita Cristão, pratica essa Umbanda, sob a orientação do Mentor Espiritual "Pae Benedito de Aruanda");

Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Culto aos orixás -, nem o trabalho dos Exús e Pomba-gira, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, preto-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros Espíritas como fonte Doutrinária, como exemplo: (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec);

Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias (erroneamente algumas pessoas confundem dizendo ser umbanda traçada ou seja uma mistura de candomblé e umbanda, ou candomblé mestiço). O Ritual religioso do Culto Omolokô, se origina das tribos Lunda-Quiocôs. Muitos dos Espíritos evolutivos Preto-velhos que baixam nos terreiros umbandistas, pertenceram às tribos de Lunda-Quiocôs do Culto Omolokô, e seus lugares de origem, como seja: João Benguela, Pai Mossamedes, Pai Alexandre, Maria Redonda, Pai Cabinda, Pai Ambriz, Pai Luanda, etc. Temos também os bantos da África Oriental, de Dar-es-Salam, Quiloa, Bagamoyo, Tanga, Pangani; pertencentes principalmente à costa oriental. Essas tribos são cruzadas com um forte elemento asiático. Elas estão situadas no continente, ao sul da Ilha de Zanzibar, que foi à tempos atrás governada por um sultão árabe. Por esse motivo a Nação Omolokô, amalgamou-se e tornou-se uma Nação Eclética, com um ritual sempre cruzado, com suas raízes: Gêge, Quêto (reino iorubano do Sudeste da República do Benim, na fronteira com a Nigéria - África), Nagô, Angola, Almas (Iorubá), assim como com o Oriente, de origem asiática. Os Terreiros de Omolokô têm sempre uma puxada para o ritual de suas raízes, ou Nação Raiz, porém no fundo, as formas de iniciação, e de trabalhos são sempre seguindo uma mesma diretriz.

Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;

Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis Divinas";

Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mântras indianos e utilização do sânscrito;

Umbanda de Caboclo - Influência do cultura indígena brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos" oriundas da Pajelança do Índio brasileiro;

Umbanda de preto-velhos - Influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos preto-velhos;

*Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.

Postado por CLAUDIA BAIBICH às 17:45 0 comentários

Marcadores: AS UMBANDAS


PERGUNTA: Observamos alguns irmãos umbandistas arrastarem móveis, a fim de obter espaço para improvisar congás em suas residências. Logo estão a dar consultas e todo tipo de atendimento em suas moradas.Qual vossa opinião sobre as atividades de caridade realizadas em ambiente doméstico?

Médium Pai Norberto Peixoto
Dirigente da Choupana do Caboclo Pery
(terreiro filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery)
Fonte: Livro Vozes de Aruanda - Ed. Conhecimento.


RAMATÍS: Infelizmente, esta situação é corriqueira.É generalizado o desconhecimento dos fundamentos mínimos da consagração vibratória de um templo de umbanda. Os trabalhos realizados durante uma sessão de caridade (consulta, desobsessão, desintegração de formas de pensamento, morbos psíquicos e larvas astrais), aliado ao desmanche de magia negra e de outras ferramentas de ataques psíquicos espirituais, necessitam de campos de força adequados para proteção, como forma de dissolver todos os restos fluídicos que ficam pairando no local, no éter circunscrito à crosta terrestre.É como se uma casa de umbanda fosse uma enorme usina de reciclagem de lixo astral. Atividades sem nenhuma fundamentação defensiva no campo da alta magia, não amparadas pela corrente mediúnica e os devidos condensadores energéticos, tendem a se tornar objetos de assédios das regiões trevosas.

Os trabalhos de caridade em vossas residências impregnam negativamente o ambiente doméstico. Há uma diferença enorme da benzedeira, que é toda amor e ora ardente no cantinho de sua choupana, com fé desinteressada, e os médiuns vaidosos que trabalham em casa com seus guias “poderosos”, que tudo fazem por meia dúzia DE MOEDAS. Os que persistem em sua arrogância, a ponto de prescindir de um agrupamento e de um templo ionizado positivamente para a descarga fluídica de uma sessão de caridade, acabam tornando-se instrumentos das sombras, muitas vezes à custa da desunião familiar, de doenças e ferrenhas obsessões.

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Ouso ainda acrescentar aqui que muitas vezes o médium se acha estar coberto de "boas intenções" ao começar a montar em sua residência um congá para atendimento. A princípio apenas para os familiares e conhecidos. Ou seja, inicialmente não tem intenção de cobrar pelo atendimento que fará. Entretanto, o que verdadeiramente o motivou não foi o amor, mas sim a arrogância e vaidade em não admitir-se sob o comando de outro encarnado e atuar fraternalmente entre irmãos. Desejoso de ser o "chefe do terreiro" sempre vê mais defeitos do que qualidades em qualquer terreiro que freqüente. Sempre visualiza o quão perfeito será o seu próprio terreiro.
Com isso em mente abre o seu "congá" e começa a trabalhar, com o passar do tempo sem o devido preparo, sente falta do mesmo, mas não o admite e não busca auxílio em outra corrente e vai cada vez mais sendo enfraquecido. E não admite porque o que inicialmente o motivou a abrir o congá foi a empáfia, arrogância e a vaidade.

Sendo alvo constante do astral inferior (o que todo dirigente o é), vai fenecendo, até que as suas entidades (guias e protetores) não podem ou conseguem mais atuar ativamente sendo gradativamente substituídas por inteligências trevosas que se fazem passar por entidades de luz.

A essa altura a sua antiga "residência" já é um terreiro sim, um centro, mas um centro de concentração de forças trevosas que atuarão forte e implacavelmente na manutenção deste lugar, tranformando o médium chefe e todos os seus seguidores em servidores de suas forças. O processo obsessivo está nesse estágio no seu ponto máximo que é a fascinação.

Portanto, senhores médiuns cuidado! O nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos e se chama vaidade! Ninguém é dono da verdade e terreiro algum é perfeito! Busquemos pois nos unir em nossos momentos de dúvida e aflição para que possamos sempre também estarmos unidos nos momentos de glória e alegria!

Oxalá nos abençoe!

Mãe Iassan

O “Passe Espírita” e o “Passe Umbandista”
Por Alexandre Cumino

“A um médium é solicitado que conheça o mínimo indispensável para que possa realizar as práticas de Umbanda e seus rituais. Também é exigido que estude um pouco, porque só assim, entenderá tudo o que acontece dentro de um templo de Umbanda durante a realização das giras de trabalho.” Rubens Saraceni[1]



A palavra “passe” tem origem no Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e traz a idéia de “passar” ou “transmitir” algo a alguém. A doutrina codificada por Kardec tem base cristã e encontra no Evangelho as muitas passagens em que Jesus cura as pessoas e “expulsa” espíritos indesejados por meio da imposição de mãos. Algo que vamos encontrar em muitas outras culturas como a egípcia, a grega, a celta, a chinesa, a indiana ou em tradições indígenas e xamãnicas. Estudiosos do passado e do presente se debruçam sobre os fundamentos científicos das técnicas de “passe magnético”, desde Hermes Trimegistro, Fo-Hi, Asclépio, Pitágoras, Hipócrates, Paracelso, Van Helmont, Mesmer, Du Potet e outros.



Na obra de Allan Kardec vamos encontrar (A Gênese, Cap. XIV, 1:14, 15 e 18) a descrição dos “Fluidos” e sua manipulação:



Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas por meio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para os homens...



Pode-se dizer, sem receio de errar, que há nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros...



pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais como o dos desencarnados; transmite-se de Espírito a Espírito pelo mesmo veículo, e, conforme sua boa ou má qualidade, saneia ou vicia os fluidos circundantes...



No “Passe Espírita” o médium manipula estes fluidos por meio de técnicas que foram se desenvolvendo com o tempo. Aqui no Brasil devemos, principalmente, a Bezerra de Menezes e Edgard Armond, o método já consagrado e largamente utilizado em boa parte dos “Centros Espíritas”. A padronização dos passes e outras práticas doutrinárias... foram providências adotadas na Federação Espírita dos Estado de São Paulo para efetivar a unidade das práticas espíritas, assunto de alta relevância, levado ao Congresso de Unificação realizado em 1947 nesta Capital. Estas são as palavras que “prefaciam” o título Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura de autoria de Edgard Armond, 1950. Podemos dizer que o conteúdo deste livro norteou e norteia até hoje o método e técnicas utilizadas no Espiritismo Brasileiro, em que o “Passe Magnético” subdivide-se por categorias como P1, P2, P3, P4. Além do Passe de Limpeza e da Auto Cura. A realização destes passes é feita por qualquer pessoa de boa vontade que tenha estudado o método, para algumas situações, no entanto é necessário certa sensibilidade ou Don mediúnico. A maioria dos métodos é explicada por uma corrente de energia/magnetismo e fluidos que estabelecem um circuito de forças entre “operador passista” e consulente (assistido). Dentro do processo são definidos alguns conceitos como a polaridade das mãos (direita = positiva, esquerda = negativa) e os centros de força, denominados de chacras por influência oriental, assim como a importância de um conhecimento básico sobre a fisiologia do corpo material e espiritual.



“Quando o Espírito é de elevada categoria, possui grande poder curativo, muito diferente e muito melhor que o que possui o magnetizador encarnado.” Edgard Armond[2]



O “Passe Umbandista” não é apenas um “passe magnético” ou material e sim um “Passe Espiritual”, aplicado por um espírito. Assim como Edgard Armond classificou diferentes métodos de aplicação do Passe Magnético para diferentes necessidades, também os espíritos que se manifestam na Umbanda aplicam métodos variados de acordo com a necessidade de cada consulente, dentro dos variados recursos que cada espírito guia entidade/mentor, possui. Sem esquecer que cada um recebe na medida de seu merecimento e afinidade, podendo um encarnado bloquear uma ação positiva direcionada a ele mesmo como conseqüência de sua postura mental. Pois muitos merecem, mas não estão abertos emocionalmente ou psicologicamente para receber o que a espiritualidade lhe oferece, por vários motivos como descrença, irritação, mentalidade critica e posturas interesseiras desfocadas de um objetivo espiritual.



O “Passe Umbandista”, para além de “Passe Espiritual”, pode ser definido como a aplicação de um conjunto de técnicas mágico-religiosas, além de explorar todos os recursos possíveis de imposição de mãos, utiliza elementos e técnicas variadas e até inusitadas.



“Porém, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes energéticos, quando são usados diversos materiais (fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletro-magnéticos... Nem sempre o que parece folclore ou exibicionismo realmente o é. Se os mentores dos médiuns de Umbanda exigem determinados colares de pedras, eles sabem para que servem e dominam seu magnetismo, assim como as energias minerais cristalinas irradiadas pelas pedras. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéreas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.”[3]



A finalidade é de alcançar maior êxito de acordo com as necessidades, o merecimento e os recursos disponíveis. Cada entidade tem a liberdade de aplicar a técnica que lhe aprouver, desde que dentro dos limites de ética, bom senso e respeito. Embora haja um conjunto de métodos e recursos característicos da Umbanda. Muitas entidades, em especial os pretos velhos, por exemplo, realizam o benzimento, que se distingue do “Passe Magnético”, por empregar uma ação mais relacionada ao poder do verbo, elementos e simbologia, considerada “Magia Popular”. Também é possível identificar métodos complexos de Magia Riscada (Magia de Pemba), abrindo espaços mágicos (Pontos Riscados) que muitas vezes lembram Mandalas do Hinduismo ou mesmo Fórmulas Cabalisticas da Real Arte Simbólica e Mística Hebraica entre outras práticas de Ocultismo e Hermetismo. Entre os elementos mais utilizados podemos identificar velas, água, óleo, pedras, essências, fumo, ervas, tecidos, ponteiros e a citada pemba (giz utilizado para traçar símbolos), dentro de um ambiente de terreiro, mágico-religioso por natureza. Nos métodos se observam rezas, orações, preces, evocações, invocações, determinações e fórmulas mágico-religiosas associadas a banhos, defumações, oferendas e outros.



Todos estes recursos estão mais ou menos associados ao “Passe Umbandista”, no qual se cria um ambiente de Som, Cores, Aromas e Luzes, capaz de inebriar de forma positiva todos os cinco sentidos do consulente a fim de conduzi-lo a certo estado de consciência desejado.



Durante o “Passe Umbandista” observamos a entidade espiritual fazer a imposição de mãos, segurar velas direcionadas aos chakras ou traçando movimentos no ar, colocam colares (guias) no pescoço do consulente ou o colocam dentro da mesma em circulo no chão. Atiram ponteiros em pontos riscados, fazem gestos rituais e movimentos com os pés e mãos que nos faz crer na “Magia Gestual”. Em meio a tantos recursos, que nos encantam e fascinam, nos chama a atenção, em especial, o estalar de dedos, bem característico em quase todas as linhas de trabalho. Muitas pesquisas e especulações já foram realizadas sobre esta prática, entre elas são identificadas as energias que existem na ponta de cada um dos dedos da mão, que são pequenos chakras ou vórtices de energia (“chacrinhas”), e, o “choque” vibratório desencadeado no ar quando o dedo médio estala sobre a região da mão chamada de “monte de Vênus”, causando vibração astral e sonora o que desperta certa energia dentro do campo em que está atuando. Este “Estalar de Energias” pode assumir contextos vaiados de acordo com o que esteja associado, por meio do pensamento ou movimentos. Além deste contexto pode-se usar o estalar de dedos como um simples gesto de descarregar as energias absorvidas pelas palmas das mãos. Um caboclo ou outro espírito guia eleva sua mão ao alto (ou ao lado) buscando certa energia que será irradiada ao consulente, num movimento rápido, ao mesmo tempo em que transmite esta energia positiva, retira os eflúvios negativos e os “descarrega” com um estalar de dedos. Os movimentos longitudinais, transversais e circulares também foram descritos na obra de Edgard Armond, em que: Os passes longitudinais movimentam os fluidos, os transversais os dispersam e os circulares e as imposições de mãos os concentram, o mesmo sucedendo com o sopro quente. Este último merecendo ainda um estudo à parte.



No entanto pode-se associar procedimentos mais ou menos magísticos com os mesmos, ou seja, a relação entre estalos e números com o poder de realização que cada um deles possui, aplicando-se seqüências de estalos que podem variar, por exemplo, de 2x3,3x3,4x3 ou ainda estalos que desenham formas geométricas no ar. Lembrando que a aplicação de símbolos associados a idéias e intenções, com suas respectivas invocações é a mais explicita “magia simbólica”, encontrada nas mais variadas culturas. Assim seqüências de estalos “desenham” no ar, cruzes, estrelas e círculos; firmando ou estabelecendo pontos e espaços vibratórios, aos quais podem ter função nesta realidade ou abrir portais para outras realidades.



Muito mais poderíamos escrever sobre o “Passe Umbandista” e seus recursos, no entanto não pretendemos em um único artigo esgotar o que é inesgotável. Fica aqui um comentário final sobre a importância do estudo, não para complicar o que é realizado de forma tão simples por nossos guias de Umbanda, mas com a finalidade de compreendermos o que eles realizam, com a consciência de que eles sim estudam e estudaram muito para realizar este trabalho espiritual. Não estudamos por um movimento do Ego ou para substituir a presença dos mesmos, mas para lhes oferecer maiores recursos psíquicos, espirituais e materiais. Estudamos para ver o quanto somos ainda “neófitos” (aprendizes) nesta senda, em que Caboclo (a), Preto Velho (a), Baiano (a), Boiadeiro (a), Marinheiro (a), Cigano (a), Exu e Pomba Gira são nossos Mestres.





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[1] Rubens Saraceni. Código de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras, 2006. P.79



[2] Edgard Armond. Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura. São Paulo: Ed. Aliança, 1997. P. 85



[3] Rubens Saraceni. Código de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras, 2006. P. 101




GRANDES AUTORES - biografias e titulos

Rubens Saraceni


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Rubens Saraceni

Nascimento 1951

Nacionalidade Brasileiro

Ocupação Médium


Rubens Saraceni é um médium e escritor brasileiro.Nasceu em 1951, e há mais de 25 anos exerce sua mediunidade e faz seus estudos no campo da espiritualidade. Seus inúmeros livros já publicados são psicografados, ditados e orientados pelos Mestres. Sua jornada, segundo conta, foi iniciada no espiritismo de "mesa branca", passando posteriormente para a Umbanda, onde se tornou babalorixá.

Há muitos anos, o médium Rubens Saraceni, que tem uma enorme quantidade de livros psicografados e dezenas deles publicados, recebeu um pedido dos Mestres da Luz, Guias de Lei e de Umbanda, no qual solicitavam que as informações reveladoras, por eles transmitidas, não fossem apenas para seu bel prazer, e sim para que, por meio dele, o conhecimento se multiplicasse. Com isso, Rubens começou a ministrar o curso de Teologia de Umbanda, um curso simples e teórico, visando a uma melhor formação do médium umbandista em relação aos Fundamentos da Umbanda. Desse convívio, Rubens se deu conta do valor do que havia recebido, pois há muitos anos praticava a Magia Divina ensinada por seus Mentores, que se mostrou fundamental na proteção daqueles que o procuravam. Foi quando os Mestres da Luz ressaltaram a importância de consolidar-se no lado material um Colégio nos moldes dos Grandes Colégios Astrais, que sustentam toda a formação daqueles que se assentam à direita e à esquerda dos Sagrados Orixás, Tronos e Divindades de Deus. Daí surgiu o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, para dar formação e sustentação, Religiosa e Mística.

Mestre Seiman Hamiser Yê, um Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, assumiu a abertura da Magia do Fogo no plano material, por meio de Rubens Saraceni, na qual são ensinados os fundamentos da Magia Riscada dos Orixás, a Grafia Sagrada, bem como a correta utilização magística das velas, suas cores e o elemento fogo na arte da Magia. O primeiro curso do gênero aberto ao plano material por Mestre Seiman, e que deve ser o primeiro na formação do Mago, intitula-se "Magia das Sete Chamas Sagradas".


Rubens é também o fundador do Colégio Tradição de Magia Divina, colégio este que se destina a dar amparo aos formados nas magias abertas ao plano material e espiritual.

Lista de obras

Ano Obra Editora ISBN Notas

2006 Aprendiz-Sete - O Filho de Ogum Madras ISBN 978-85-737-4838-3

2007 Arquétipos da Umbanda - As Hierarquias Espirituais dos Orixás, Os Madras ISBN 978-85-370-0190-5

2006 Cavaleiro da Estrela Guia, O - A Saga Completa Madras ISBN 978-85-370-0326-8

Cavaleiro da Estrela Guia, O - A Saga Continua Madras ISBN 978-85-737-4839-0

Código da Escrita Mágica Simbólica, O Madras ISBN 978-85-370-0214-8

Código de Umbanda Madras ISBN 978-85-370-0338-1

Decanos, Os - Os Fundadores, Mestres e Pioneiros da Umbanda Madras ISBN 85-7374-628-9

Diálogo com um Executor Madras ISBN 978-85-370-0393-0

2007 Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada - A Religião dos Mistérios - Um Hino de Amor à Vida Madras ISBN 978-85-370-0192-9

Evolução dos Espíritos, A Madras ISBN 978-85-370-0360-2

2005 Formulário de Consagrações Umbandistas - Livro de Fundamentos Madras ISBN 978-85-370-0535-4

2005 Gênese Divina de Umbanda Sagrada - O Livro dos Tronos de Deus - A Ciência Divina Revelada Madras ISBN 85-7374-908-3

2007 Guardião da Meia-Noite, O - Por Honra e Glória do Criador de tudo e de todos Madras ISBN 978-85-370-0230-8

Guardião da Pedra de Fogo - As Esferas Positivas e Negativas Madras ISBN 978-85-370-0452-4

Guardião da Sétima Passagem, O - A Porteira Luminosa Madras ISBN 978-85-370-0337-4

Guardião das Sete Cruzes, O - Um Livro Mistério Madras ISBN 85-7374-746-3

Guardião das Sete Encruzilhadas - Hemisarê a Ira Divina Madras ISBN 85-7374-650-5

Guardião do Amor - Aprendiz Sete no reino das ninfas Madras ISBN 978-85-370-0408-1

Guardião do Fogo Divino, O - A História do Senhor Caboclo Sete Pedreiras Madras ISBN 978-85-370-0395-4

Guardião dos Caminhos, O - A História do Senhor Guardião Tranca-Ruas Madras ISBN 978-85-370-0339-8

Guardião Sete - O Chanceler do Amor Madras ISBN 978-85-370-0497-5

Guardiões da Lei Divina, Os - A Jornada de um Mago Madras ISBN 85-7374-306-9

Iniciação à Escrita Mágica Divina - A Magia Simbólica dos Tronos de Deus Madras ISBN 978-85-370-0191-2

Guardiões dos Sete Portais, Os - Hash-Meir e O Guardião das Sete Portas. Madras ISBN 978-85-370-0362-6

Iniciação à Escrita Mágica Divina - A Magia Simbólica dos Tronos de Deus Madras ISBN 978-85-370-0191-2

Lenda do Sabre Dourado, A Madras ISBN 85-7374-825-7

Lendas da Criação - A Saga dos Orixás Madras ISBN 85-7374-996-2

Livro da Vida, O - As Marcas do Destino Madras ISBN 85-7374-534-7

Longa Capa Negra, A Madras ISBN 85-7374-827-3

Magia Divina das Sete Pedras Sagradas, A Madras ISBN 978-85-370-0335-0

Magia Divina das Velas, A - O Livro das Sete Chamas Sagradas Madras ISBN 978-85-370-0355-8

Magia Divina dos Elementais, A Madras ISBN 85-7374-854-0

Magia Divina dos Gênios, A - A Força dos Elementais da Natureza Madras ISBN 978-85-370-0392-3

Magia Divina dos Sete Símbolos Sagrados, A Madras ISBN 978-85-370-0387-9

Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Madras ISBN 978-85-370-0422-7

Oráculo de Delfos - O Ancestral Místico Madras ISBN 85-7374-722-6

Orixá Exu - Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda Madras ISBN 978-85-370-0368-8

Princesa dos Encantos, A - Sob o domínio da paixão Madras ISBN 85-7374-370-0

Orixá Pombagira Madras ISBN 978-85-370-0390-9

Orixás - Teogonia de Umbanda Madras ISBN 978-85-370-0358-9

Protetor da Vida, O - Viver a Vida: Um Ato de Fé Madras ISBN 85-7374-423-5

Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos Madras ISBN 978-85-370-0255-1

Sete Linhas de Evolução e Ascensão do Espírito Humano, As Madras ISBN 978-85-737-4690-7

Sete Linhas de Umbanda, As - A Religião dos Mistérios Madras ISBN 978-85-370-0363-3

Templos de Cristais, Os - A Era dos Grandes Magos Madras ISBN 85-7374-570-3

Tratado de Escrita Mágica Sagrada - Um Curso de Escrita Mágica Madras ISBN 978-85-370-0214-8

Tratado Geral de Umbanda Madras ISBN 978-85-370-0448-7

Umbanda Sagrada - Religião, Ciência, Magia e Mistérios

W. W. da Matta e Silva


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

Woodrow Wilson da Matta e Silva, mais conhecido como W. W. da Matta e Silva (Garanhuns, 28 de junho de 1917 — 17 de abril de 1988) foi um médium e escritor brasileiro.

A sua pesquisa apresenta a religião Umbanda como ciência e filosofia.

Foi o criador da "Escola Iniciática da Corrente Astral do Aumbhandan", a Umbanda Esotérica, em 1940, na "Tenda Umbandista Oriental" (T.U.O.), em Itacuruçá, no estado do Rio de Janeiro.

Obras:

Doutrina Secreta da Umbanda, Ícone editora, ISBN 85-274-0678-0

Umbanda de Todos Nós, Ícone editora, ISBN 8527409569

Umbanda e o Poder da Mediunidade', ISBN 85-274-0462-1

Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda, 2006, ISBN 852740866X