OLÁ AMIGOS ESTAMOS DE VOLTA

É BOM ESTAR DE VOLTA COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS, ... Quando foi criado o JunaNews, no 1o. exemplar em edição impressa, disse que com emoção fazia minha estréia. Falei da paciência, persistência e fé que sempre tive por 12 ou mais anos até aguardar nascer o filho dessa casa que montei com amor, porque esse é um filho que fala a voz de todos os outros filhos de fé; dos, que no chão deste "terreiro" batem suas cabeças e de tantos que possam vir nele pisar; "filho" que transmitirá as mensagens dos inúmeros espiritos de luz e de quantos aqui quiserem chegar, basta querer e terá o seu espaço. Ensinamentos e doutrinas para áqueles que são sedentos de aprendizado, não vão faltar. O conhecimento é direito de todos e isso ajuda a Umbanda crescer. Hoje o Juna News virou blog na internet, e poderá falar para e em nome de tanta gente de tantos outros lugares no mundo que sei lá, o futuro a DEUS - ZAMBI pertence. Então mais uma vez venho deixar o meu muito obrigado àqueles que se interessaram em ajudar agora a saírmos do papel, porque tudo evolui não é assim mesmo... Estou satisfeita em confirmar que sonhos não envelhecem. (ligue o som e aproveite nosso blog e compartilhe experiências. MÃE LÊ. - junho-10.

(aperte o play) Clube da Esquina - Milton Nascimento

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Mestre Marne com OGUM MAREMAR

26 de jun. de 2010

INCORPORAÇÃO OU ANIMISMO


Os Instrumentos Consagrados, sua suposta relação com o animismo e a importância do estudo pelos médiuns de Umbanda.
Como Alabê da APEU, venho através deste pequeno artigo, destacar a importância do estudo em todos os sentidos relacionados à nossa religião, inclusive da musicalidade e sobre a força que a curimba proporciona ao culto, já que nossos irmãos-de-fé, muitos novos na religião, buscam incessantemente as respostas para suas questões e uma delas é a relação do uso de atabaques com o possível animismo provocado no médium. Tal questão é fácil de ser encontrada
 em muitas comunidades virtuais, onde participam fiéis de todos os níveis de conhecimento.
Obs: Quando falo em animismo, trato do médium que age, mesmo que sem intenção, levado por uma força externa que ativa seu interior e o faz pensar que está incorporado por uma entidade, quando na verdade não está, mas sim, é a ação do seu próprio espírito quem está atuando, baseado em conhecimentos adquiridos anteriormente, seja nesta mesma vida ou em anteriores.
Longe de ser o dono da verdade, mas apenas como um curimbeiro e estudioso dos fenômenos relacionados aos nossos ritos, segue minha observação:
O uso de instrumentos não é exclusivo da Umbanda. Inclusive podemos notar o uso de tambores nas mais diversas religiões, muitas inclusive, de aspectos totalmente distintos, e que sequer trabalham com mediunismo, como por exemplo, muitas religiões e seitas orientais.
Na Umbanda e nos cultos de origem africana, notamos o uso dos atabaques. É sabido que o conjunto de instrumentos consagrados aos Orixás forma, assim como o congá e os assentamentos naturais, um campo vibratório (campo de força), que gera e movimenta a energia da casa. Porém, para que essa energia possa ser utilizada de forma satisfatória à favor dos trabalhos realizados, os instrumentos devem ser manipulados por pessoas previamente preparadas para tal função: os Ogãs (ou curimbeiros) da casa.
Lógico que não podemos esquecer que nem todas as tendas de Umbanda utilizam os instrumentos musicais e mesmo assim trabalham e praticam a caridade. É importante salientar que mesmo sem utilizar desta energia, estas tendas não são mais fracas (ou mais fortes) do ponto de vista vibratório. Devemos levar em conta o fundamento e a forma de trabalho de cada mentor espiritual.
Mas e o animismo? É ou não provocado pelo som dos tambores? Irmãos, este fenômeno anímico pode ser presenciado em vários lugares que não utilizam os atabaques, até mesmo fora do meio umbandista. Tanto que esse fenômeno é e continua sendo estudado pelas linhas kardecistas e essas não usam instrumentos de percussão em seus trabalhos espirituais. Notamos animismo também em outras religiões, como por exemplo, nas igrejas evangélicas, onde, levados pela gritaria e por todo aquele frenesi criado pelos pastores e adeptos (fácil ver isso nos programas de televisão), as pessoas, envolvidas por tudo aquilo, caem, gritam, choram e entortam-se no chão. E tudo isso sem a necessidade do uso dos atabaques pelas igrejas.
Agora, não é por isso que negaremos que um médium iniciante não poderá ser levado a um processo anímico pelos sons ou até mesmo, pela vibração que os instrumentos geram dentro de uma engira, mas não podemos esquecer que existem outros fatores que podem influenciar um médium, mesmo numa casa que não tem atabaques: as palmas, os cânticos, as velas acessas, as imagens, a própria vibração fornecida pelos fundamentos da tenda, mas principalmente, a vontade de ser um médium de incorporação, o que nem sempre, a pessoa é.
Então, o animismo existe? Sim. É exclusivo da Umbanda e demais religiões que utilizam tambores? Acho que ficou evidente que NÃO.
Mas como evitá-lo? Ora, cabe ao dirigente espiritual e às Entidades de cada casa cuidar dos filhos-de-fé do terreiro, dando as devidas orientações, com o intuito de evitar que isso aconteça. Como? Simples: fornecendo informações através de palestras e cursos sobre o assunto MEDIUNIDADE e se possível, separar uma data especial para trabalhos específicos de desenvolvimento mediúnico.
Os médiuns e simpatizantes da Umbanda precisam buscar sempre o conhecimento não só da religião em si, mas também do fenômeno mediúnico e tudo o que o cerca, para que não sejam meros "cabides de roupa branca" dentro da casa. Aprender nunca é demais, desde que a busca do saber tenha como finalidade, utilizá-lo para seu aprimoramento mediúnico e espiritual.
A Umbanda tem que ser praticada com seriedade e para isso, é preciso que seus adeptos, em especial os médiuns de incorporação, saibam diferenciar a energia do seu Guia Espiritual, da energia da casa e dos tambores, pois tudo dentro do terreiro tem sua finalidade. Sabendo trabalhar essa energia em favor do seu semelhante e evitando a todo custo, ser levado pelo animismo (que não é um fator exclusivo dos umbandistas, mas sim, de todo ser humano, pois este, quando despreparado, pode ser sugestionado por algo exterior), o médium estará apto a ser um verdadeiro instrumento de trabalhos dos Espíritos de Luz.  
Texto de Sandro da Costa Mattos
Sandro da Costa Mattos é Biólogo, Ogã Alabê da "APEU - Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba – Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba". Também é o autor da obra literária: "O Livro Básico dos Ogãs", editada pela Ícone Editora, e apresentador do programa "Cantando com os Orixás", exibido diariamente pela Web TV Saravá Umbanda – www.tvsu.com.br e orientador do Curso Gratuito de Cânticos de Umbanda" na APEU.
Contatos: Fones: (11) 2911-4198 - 2724-9522 (rec.) ou 7567-3710 (cel.) – Site: www.apeu.rg.com.br – E-mail- scm-bio@bol.com.br ou cabocloubatuba.apeu@hotmail.com.br
APEU – ASSOCIAÇÃO DE PESQUISAS ESPIRITUAIS UBATUBA – Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba – Fundado em 17/01/1981 – Rua Romildo Finozzi, 137 – zona leste – São Paulo/SP – Cep: 03910-040 – Sessões às sextas-feiras a partir das 20:30 horas – Atendimento totalmente gratuito.